As poltronas do maior nome do design nacional ultrapassam décadas e continuam como ponto alto de projetos arquitetônicos
As cadeiras e poltrona criadas por Sergio Rodrigues (1927-2014) são o símbolo do mobiliário nacional. A poltrona Mole, seu trabalho mais conhecido, completa 60 anos, agora em 2017, e continua sendo a queridinha de arquitetos e decoradores.
Beg, Paraty, Diz ou ainda “Chifruda” são outras peças marcantes do designer. Com seus móveis icônicos e seu estilo inconfundível, Sergio Rodrigues é reconhecido mundialmente pela sua obra. A seguir veja as fotos das poltronas mais famosas do mestre do design nacional.
Poltrona Mole
Criada em 1957, a versão original foi derivada do sofá Mole, uma encomenda do fotógrafo Otto Stupakoff. Mais confortável, a versão seguinte foi lançada em 1961 como Sheriff, com pés mais robustos e espaldar e laterais mais sinuosos. A terceira e última versão foi apresentada em 1963 como Moleca, agora desmontável para facilitar sua exportação.
Poltrona Diz
A poltrona Diz é outra marca do trabalho de Sergio Rodrigues. Toda de madeira e em linhas clássicas, ela compõe a decoração deste projeto da A3 Interiores. O tom amadeirado combina com o piso e quebra o branco dos objetos
Cadeira Chifruda
A cadeira Chifruda foi criada por Sergio Rodrigues em 1962. Sua estrutura é em jacarandá maciço, com encosto em compensado curvado, braços móveis e base do centro estofados em espuma de poliuretano e revestidos em couro.
Paraty
Criada em 1962 e reeditada em 2012, a Paraty é de madeira maciça e espuma. Tem ainda uma banqueta para colocar os pés. Puro conforto.
Vivi Nabuco
Feita em 1962, foi batizada em homenagem à Vivi Nabuco, figura da sociedade da época. Ganhou o apelido de "cama de gato", pois Sergio dizia que seus bichos eram os primeiros a testar suas criações.
Poltrona Beg
Sergio Rodrigues criou a poltrona Beg para a sala de reuniões do antigo Banco do Estado da Guanabara. Ela é feita a partir de jacarandá e existe tanto no revestimento de couro como de tecido, como acima. Seu encosto é reto em relação ao assento e tem as rodinhas, como as cadeiras de escritório.
Benjamim
A peça foi descrita por Sergio Rodrigues como um resumo da sua obra, por ter características de suas diversas poltronas e cadeiras. O nome Benjamim é uma homenagem ao neto.
Drummond
Confortável e clássica, a poltrona Drummond foi criada nos anos 50 e reeditada em 2007. Suas linhas retas são de madeira maciça e o assento, estofado. Delicada e minimalista.
Gio
Com estofado em couro natural ou tecido, a Gio tem estrutura em imbuia, peroba do campo e freijó natural. Seu formato de concha e pinos interno permitem, ainda, três posições diferentes. Foi criada em 1958, foi inspirada no capô dos antigos modelos de Bugatti, uma das paixões de Sergio Rodrigues.
Jimi
A Jimi foi criada por Sergio Rodrigues para o Palácio do Arcos, em Brasília, em 1971. Sua base é da poltrona Gio.
Kilin
A Kilin, de 1973, é um dos modelos mais copiados do designer. O nome é uma homenagem à sua esposa Vera Beatriz, que Sergio chamava carinhosamente de “esquilinha”. A cadeira nasceu da vontade do artista de criar algo mais simples e econômico.
Xibô
Embora a data de criação tenha sido 2013, os desenhos da poltrona Xibô são dos anos 1990. A cadeira é a versão masculina da Kilin: a peça foi batizada com o apelido que Sergio recebeu da esposa Vera Beatriz.
Poltrona Tonico
Criada em 1963, a poltrona é estruturada em madeira de lei maciça, com revestimento de couro natural ou tecido. Em relação às outras peças mais suntuosas, essa tem um design mais simples, embora, claro, será sempre uma obra do mestre Sergio Rodrigues.
Voltaire
A Voltaire, uma interpretação de Sergio Rodrigues para a clássica poltrona Bergère, foi desenhada em 1965. Foi reeditada para estar no projeto do hotel Fasano no Rio de Janeiro.
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