A oferta é tão vasta e apelativa que,  muitas vezes, tão difícil como 
decorar um quarto é escolher o mobiliário,  principalmente se pensarmos 
que esta é uma escolha definitiva ou que irá durar,  pelo menos, alguns 
anos. A seleção de mobiliário para um quarto de casal  obedece a uma 
regra de ouro: peças que se encaixam nas dimensões existentes, ou  seja,
 mobília muito grande pode atrofiar um espaço pequeno, criando um 
ambiente  caótico. Por outro lado, pouca mobília ou peças muito pequenas
 numa divisão  grande vão acabar por perder-se, criando um ambiente 
austero. Como escolher?
Cama: a rainha do quarto
Quer queira, ou não, a cama será  o foco central do quarto, 
principalmente por ser a maior peça da divisão! Claro  que todos nós 
sonhamos com uma cama 
king size, mas corre o risco desta  
ocupar o quarto todo, sem espaço sequer para um par de chinelos! A cama 
deve  ser a primeira mobília a ser escolhida e em torno da qual se vão 
expor as restantes  peças. Por isso, tire muitas medidas, assegurando-se
 que existe espaço de  circulação adequado em torno da cama, em todos os
 sentidos e que esta não  obstrua a abertura de nenhuma porta ou gaveta.
 Os quartos pequenos são  favorecidos por camas e cabeceiras baixas que 
dão a ilusão de um espaço mais  amplo; ao contrário de divisões grandes 
que suportam, na perfeição, camas e  cabeceiras altas. Por falar em cabeceiras, nem todas as camas necessitam de  uma:
 pode utilizar a parede como cabeceira ou então optar por um modelo em  
pele, acolchoado, ou forrada em tecido para que possa ser facilmente 
alterada  ou tapada quando a vontade de redecorar surgir!
Colchão: para noites serenas  
Enquanto a importância da cama se revê  mais em termos estéticos e de
 espaço, é o colchão que vai determinar noites de  descanso puro ou de 
insônias insuportáveis. Ao contrário de um colchão para um  quarto de 
hóspedes – que pode ser mais simples, uma vez que terá muito menos uso  –
 o colchão de um quarto de casal terá sobre ele o peso de duas pessoas, 
noite  após noite. Por isso mesmo, prepare-se para investir num bom colchão! A sua escolha  depende de 4 fatores: 
- Tamanho: o colchão tem de assentar na perfeição
 na estrutura da cama escolhida,       sendo que os tamanhos das camas e
 dos colchões são na sua       maioria estandardizados, para facilitar 
essa decisão. Certifique-se apenas       que o colchão é, pelo menos, 15
 cm mais comprido do que os seus ocupantes.       É preciso algum espaço
 de manobra e não queremos que ninguém fique com os       pés de fora!
- Conforto: a única forma de assegurar o conforto de 
um colchão é testá-lo! Sim, não       tenha vergonha de se deitar em 
cima do mesmo em plena loja – é o que todos fazem! Assuma a sua posição 
de sono habitual para ter uma melhor       percepção e não tenha receio 
de dar as voltas que forem necessárias. Se       não se sentir pronto 
para dormir a sesta ali mesmo, passe para outro       modelo!
- Apoio: o colchão deve apoiar o seu corpo em pleno, 
da ponta dos cabelos até às       pontas do pé, sem perturbar o 
alinhamento natural da sua coluna. Regra       geral, quem dorme de 
costas normalmente prefere colchões mais firmes,       enquanto os 
dorminhocos que descansam de barriga para baixo ou de lado,       têm 
uma maior preferência por colchões mais macios. Recomenda-se que       
adquira um colchão um pouco mais firme do que está habitualmente       
acostumado, uma vez que com o tempo e o uso ele se tornará mais macio.
- Durabilidade: depois de testar os níveis de 
aconchego, há que       inspecionar o colchão à lupa! Certifique-se que 
todas as costuras estejam       alinhadas, sem fios quebrados ou fora do
 lugar; as divisões acolchoadas       devem estar firmes e uniformes; o 
colchão deve contar pegas robustas para       facilitar o virar do 
mesmo; as molas devem estar bem apertadas, ou seja,       não as deve 
sentir, nem ouvir! Um bom colchão vai durar pelo menos 10       anos.
Mesas de cabeceira: mesas de apoio 
O braço direito e esquerdo da cama  são, sem dúvida, as mesas de 
cabeceira e as novas tendências ditam que estas  nem têm de combinar! 
Iguais ou não, certifique-se que escolha um modelo suficientemente  
grande para albergar os candeeiros, livros, despertadores, óculos e  
copos de água que normalmente pousam sobre as mesmas. Além disso, é 
sempre  útil que as mesas de cabeceira possuem uma ou duas gavetas – o 
espaço para  arrumação nunca é demais! No caso de divisões mais pequenas,
 instale uma  prateleira de parede de cada lado da cama: vai poupar 
centímetros preciosos e ter  mesas de cabeceira no mínimo originais!
Móveis de organização: tudo em  ordem
Elemento estético e de organização, os  móveis de gaveta mais 
apropriados para um quarto de casal são as cômodas (baixas  e largas) e 
os camiseiros (altos e estreitos). Dependendo das dimensões do  quarto, 
pode optar por um ou outro modelo, um modelo de cada ou dois dos mesmos 
 – faça as experiências que precisar, sempre munido de fita métrica e, 
lembrando sempre do espaço necessário para abrir as gavetas. Um baú aos 
pés da cama ou  debaixo de uma janela é outra peça a ser considerada se 
tiver espaço ou em  substituição dos móveis mais clássicos. Para quartos
 minúsculos, um cabide de  pé ocupa pouco espaço e lhe dará um local 
para pendurar roupas.
Armários: embutidos ou não?
São raras as casas  que não dispõem de armários embutidos, 
dispensando assim os velhos  guarda-roupas. A verdade é que os armários 
embutidos ganham pontos em termos de  aproveitamento de espaço, 
atratividade, organização e funcionalidade. Por  outro lado, os 
guarda-roupas modernos não deixam de ter aquela pontinha de  charme e, 
se o espaço o permitir, porque não?
Lugares sentados
Um quarto de casal ganha imediatamente  outra vida se tiver lugares sentados: podem ser duas poltronas imponentes, dois 
pufes divertidos, um pequeno e confortável sofá, uma elegante 
chaise longue
 ou  um banco de janela. A criação de um nicho dentro do próprio quarto é
 um convite  irrecusável e, se os seus metros quadrados estiverem de 
acordo, junte uma  pequena mesa para conseguir o 
look de uma pequena sala. O importante é  que estes “acessórios” não tirem o lugar de peças de mobiliário mais essenciais!
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